sexta-feira, 17 de junho de 2011

Till there was you (Até que você apareceu...)

Voltando ao passado... quero tentar colocar aqui coisas que não quero, nem posso, perder na enlouquecedora baderna de informações que carrego em minha mente.

Parte 1

Era uma tarde ensolarada. Final de primavera. Toca o telefone na estação. Do outro lado da linha uma voz grossa e ao mesmo tempo aveludada. Não sei quem é. Não o conheço. Mas gosto da sonoridade e da calma que emergem dali. Conversamos sobre questões profissionais e ao final deixo ao desconhecido o convite para um café e uma conversa fiada na estação. Ele garante que aparecerá no dia seguinte. E apareceu.

Se eu disser que não esperava a visita e nem lembrava do convite, estaria mentindo. Mas confesso que fui surpreendida ao entrar na sala de controle do local onde trabalho e encontrar aquele rapaz (agora não mais desconhecido), meio escabelado e cheio de papeis na mão, ali sentado em frente à tela das câmeras de segurança.
Conversamos sobre inúmeras coisas. Nossos colegas também participaram do papo. Mas algo estava predestinado para nós dois. No final do dia uma ligação e a promessa de um novo encontro.

Dias depois, já sem nenhum contato posterior, estou no meu casulo profissional, encerrando meu dia de trabalho, quando o ex-descohecido liga perguntando se poderia levar-me para casa. Começa então a operação milagre. Transformar uma funcionária cansada, apática e de uniforme em uma mulher exuberante e sedutora. Maquiagem, escova, cabelo, perfume e... sim, uniforme.. não havia mais nada para vestir. Viajo algumas estações com o coração saltitando. Juro.
No caminho cruzo com alguns colegas que indagam onde vou tão alegre e bonita. Respondo tranquilamente: "para casa, ora pois"...
Bato meu ponto e desço entusiasmada a passarela que me levará ao encontro dele. Mas, espera aí! Ele não disse onde estaria parado, nem com que carro estaria. Nada. Pensei rápido. Se não o encontrasse, pegaria um taxi e iria embora. Simples.
Deixei meu instinto falar, ou melhor, guiar-me... e o encontrei.

Ele disse que ao me ver descendo a passarela percebeu em mim uma aura, um brilho que envolvia meu ser. Certamente era meu espírito encontrando o dele...

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