sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Deus é foda

Até o início da tarde meu dia dava sinais de que seria ruim. Começou dificil. Sair da cama e ir à academia foi quase missão impossível. Mas fui. Juro que não sei de onde tirei forças para ir. Volta e meia tenho orgulho de algumas superações que consigo ter. A Tristeza tentando tomar conta, mas meu corpo reagiu.Legal. A Tarde foi bacana no trabalho. Meu chefe é hilário. Coração enorme e senso de humor maior ainda. Meu guri bem e até o pai dele se superando. Sigo firme no projeto "Poa-Rj-NY". Visto sendo providenciado. Agora, minha grande alegria do dia, mês, ano, veio à noite. No caminho que me levaria ao inesperado, um sinal(eu acredito muito em sinais). Passando por uma floricultura de rua do Flamengo (dessas q tem nas praças do Rio) vi um quadro branco com a seguinte mensagem escrita à mão: 'Quem tenta ajudar uma borboleta a sair do casulo, a mata; Quem tenta ajudar um broto a sair da semente, o mata. Há certas coisas que não podem ser ajudadas. Tem que acontecer de dentro para fora. Boa semana'. Incrível como se encaixa no meu momento. Parei para copiar o texto e segui... Cheguei pouco antes do horário marcado. Escolhi uma mesa ao fundo. Sentei de costas para a porta, num Claro sinal de insegurança. Passei o tempo lendo notícias. Política tem ocupado minha preferência. Quase uma hora de atraso e o mesmo jeito displicente e despreocupado se personifica ao meu lado. Um abraço rápido, como se tivéssemos nos visto ontem, quebra um silêncio de três meses. A conversa começou burocrática. Como vai o trabalho, a familia, bla, bla, bla... E nada do assunto chave. Outra pessoa chegou para nos fazer cia. Alguém legal, que ajudou muito neste momento. Ele foi malandro em chamar... Fez bem. Não resisti e falei da minha dor mais recente. Entre lágrimas por perdas e muitos danos, o reencontro com um tipo de conversa que eu preciso na minha vida. Como disse, no início foi estranho. Eu estava receosa. Armada. Cheia de argumentos e respostas. Que bobagem! Bastaram poucas palavras e parecia que nada tinha acontecido. Parecia, pq sim, senti a fissura. Ficou claro o desconforto em alguns momentos. Há muito o que ser reconstruído. Contudo, o que me trouxe alegria foi ouvir, ainda com as lágrimas caindo, ao falar do fim de uma relação a qual ele sempre me ajudou: 'Agora acabou! Acabou, né?! Ou não? Você realmente quer esse cara do teu lado? Você acha que vale a pena? Depois de tudo que ele disse para tua amiga, existe algo nele que te faça bem? Você disse um tempo atrás que havia tido três grandes perdas nestes últimos meses: uma fraterna, uma profissional e uma amorosa. Pois bem, eu você Nunca perdeu. Estamos aqui, não estamos? E olha só até para profissional encontrou-se um caminho.' disse tudo. E eu que achei que vinha perdendo tanto, entendi e aceitei hoje, que só saiu da minha vida quem realmente nunca mereceu estar nela. Obrigada Deus, o Senhor é foda!!!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Travessia

Ontem consegui fiz algo que machucou, mas que era preciso. Retirar uma a uma todas as nossas fotos espalhadas por álbuns e posts do meu facebook representou muito mais do que eu imaginara. A cada excluir parte que fez minha alegria partiu. Fica o aprendizado de que o que nos faz bem hoje pode ser nosso veneno amanhã. Prevejo dias dificeís pela frente. Já conheço esse caminho e sei que dele não me resta outra opção senão enfrentá-lo. Ainda bem que tenho a Pati para me chacoalhar nas horas em que eu esqueço os porquês.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

4 minutos pro fim

Este texto define quase precisamente minha 'dead line' de dois anos. Não, não passou. E acho que ainda vai piorar muto até começar a sarar. Escrevo aqui pq é mais íntimo que qualquer outra rede social. Escrever, para mim, é parte do meu processo de cicatrização. Mas ninguém deseja nos ver triste. Ninguém quer saber o que somos de verdade. Todos preferem só a sua parte feliz. E, para estes eu deixo meu facebook. Mas eu sofro. Eu choro. Eu queria que as coisas fossem diferentes. E não são. E não há nada que eu possa fazer além de escrever. No futuro, quando outras dores vierem, terei estas, já superadas, registradas aqui para lembrar-me que tudo passa... A passa...

"Forcei para que a minha voz soasse firme naquela despedida, que ela não saisse trêmula como meu corpo que nesse momento tremia, pelo frio do abandono, pelo vazio do esquecimento que aquele fim de amor me trazia. Sempre tive medo das suas palavras, nestas horas elas eram como espinhos. Mas sempre optei por um fim limpo e tranquilo onde o respeito e a amizade prevalecessem, em que nada fica por dizer (sabendo que sempre ficará algo por dizer, que algumas palavras ficam- nos presas ao coração, e não conseguimos lbertar-nos passe o tempo que passar ). Desejei um fim claro, sem jogos, em que tentamos justificar o que talvez não tenha justificação, mas saimos com a certeza ou ilusão de ter tentado.
O certo é que por mais que desejemos a verdade nunca estamos realmente preparadas pra ouvi-la. E tive vontade de adiar aquele momento, ou recuar pra vários dias atrás, pra quando aquela despedida ainda se encontrava longe dos planos, aqueles dias leves em que acreditavamos no “Pra Sempre”.
 Ele do outro lado da linha recomeçou o seu discurso. Lembranças de uma história que nesse momento virava passado corriam lentamente sobre minha cabeça que nem um filme, uma comédia romântica com um roteiro e final diferente, porque dessa vez a mocinha não viveria feliz com o mocinho.
A voz dele apesar de seca e dura mantinha-se firme. Eu o conhecia e sabia que desta vez ele não hesitaria. Desta vez a voz estava muito mais profunda que nos outros dias, porque desta vez 
perfurava-me a alma. 
Enquanto ele lista as justificativas por ter tomado a decisão de desistir de mim sem luta, de seguir um rumo diferente do meu, de refazer planos que não me incluissem. Me dizendo palavras e clichês que iam entrando uma a uma no meu coração, e se fixavam, se acomodavam, maltratavam, corróiam. As 
lágrimas rapidamente escorreram sobre meu rosto, e queimavam. Os motivos me destruiam tanto quanto a decisão: todas palavras incluíam o prefixo EU. Eu quero viajar em paz, eu quero ficarbem, eu quero, eu, eu, eu... Um total individualismo, egoísmo e a demonstração de total vazio sentimental. Não reconhecia ali o amor pelo qual lutei com tano fervor.
Mesmo assim, por um momento agradeci pela tecnologia não ter avançado tanto ao ponto de celulares transmitirem sentimentos. Pois no momento o celular mostraria uma alma sem rumo, uma mulher despida de orgulho chorando que nem uma menina frágil que perde o seu brinquedo que a faz companhia durante os dias , mostraria a dor sem mascáras, a dor de quem perde um amor. Quis gritar, tentar chamá-lo à razão, mostrar que sou eu quem o escutava, quem o entendi, quem cuidava das suas dores e tristezas. Quis dizer que não se termina assim uma historia de amor como a nossa, implorar 
pra que ficasse, explicar que não saberia o que fazer com os dias restantes, dizer que isso não se faz por telefone, numa ligação na madrugada com pouco mais de quatro minutos de duração. Tive vontade de bater nele, afinal algo assim se faz olhando no olho. Ele tinha obrigação, pelos anos que tivemos juntos de dizer tudo aquilo olhando pra mim. 
Mas nesta hora, ainda me sobrava uma ponta de orgulho, quis sair com a cabeça minimante erguida 
diante dele. Engoli um soluço, as batidas do meu coração tornaram-se lentas, a voz saia fraca, mansa, 
como quem perde todos armas e forças, e já não pode mais lutar, apenas desejei secretamente que a 
vida cuidasse dele como eu não mais poderia. Toda este momento que levou mais de horas para eu escrever, durou pouco mais de quatro minutos. Em quatro minutos ele desligou mais de dois anos da minha vida. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O mundo é um moinho

Já dizia o mestre Cartola, o mundo é um moinho... Vai transformar as ilusões em pó. Faz mais de um ano desde meu último post. Tanta coisa mudou. Mudei de endereço, mudaram os amigos, o trabalho e até o amor. Não, não estou com outro amor. Estou sem ninguém. O rapaz das fotos românticas ali embaixo disse que não dava mais. Que queria aproveitar as férias dele em paz. Sem mim. E terminou dois anos de namoro em poucos minutos por celular. É a vida. Culpa minha que acreditei em palavras sem atitudes.
Hoje moro no Rio de Janeiro. Trabalho aqui. Vou ao Sul sempre que posso. A vida é alegre, porém solitária.