São mais de sete anos longe daqui. Esqueci. Abandonei.
Não deixei de escrever, só mudei a ferramenta. Gosto daqui. Escrevo sem respostas, livre. Enfim, tudo mudou. A vida deu cambalhotas. Isolada em mim mesma percebo da forma mais dolorida o quanto somos nada. A pandemia nos afastou fisicamente. Minha melhor amiga, irmã, comadre, afilhada, todos os predicados são pequenos demais para definir ela mim, sofre com esse maldito vírus. Cada dia que ela supera é uma vitória. E, eu? Eu me aproximo de uma fé que conheci adolescente no CLJ - um lindo grupo de jovens da paróquia do meu bairro. Sempre que estou sem chão, canto louvores que aprendi no folclore do CLJ. "Tenho esperado este momento. Tenho esperado que viesses a mim. Tenho esperado que me fales; Tenho esperado que estivesses assim. Eu sei bem o que tens vivido. Sei também que tens chorado. Eu sei bem que tens sofrido, pois permaneço ao teu lado. Ninguém te ama como Eu".