sexta-feira, 21 de maio de 2010

Fazer a diferença

Nestes últimos dias tive exemplos do quanto é possível ser profissional e dedicado no serviço público. Acostumada, como jornalista, a denunciar corrupções, desvios, e tantas outras mazelas que assolam nossas instituições públicas, tive a satisfação de cruzar dentro da Trensurb com profissionais que me provaram ser possível, depois de 25 anos de atuação, continuar fazendo com zelo e amor nosso trabalho.

Descobri que gentileza e a presteza dos funcionários das estações do trem não acontecem só por questão de índole pessoal. Por trás de tudo isso existe um treinamento duro e eficaz. Fui testemunha disso. Durante dois dias participei de exercícios de condução a deficientes. Temi, no início, ser incapaz de aprender mais do que já tinha visto e lido sobre o assunto. Ledo engano. A equipe de segurança da empresa, liderada pelos agentes Montenegro, Santos e Boeck, fez eu e mais de uma dúzia de colegas treinarmos incansavelmente a condução de cadeirantes e deficientes visuais em escadas rolantes, ingresso e retirada em trens e operar equipamentos úteis à locomoção destes usuários especiais.

A mensagem que tirei deste aprendizado foi uma lição de vida. Pode ser que eu nunca venha a precisar colocar em prática tudo descobri, mas a sensação de que sou capaz de ajudar ao próximo, de me colocar efetivamente no lugar deste e com um pequeno gesto tornar melhor a vida de alguém, não tem preço nem explicação. Fica a minha gratidão e o eterno respeito a esses profissionais capazes de fazerem a diferença.